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domingo, 29 de setembro de 2013

Ataques de abelhas levam seis por dia ao hospital em SP

http://rangerbaiano.blogspot.com
De janeiro a julho deste ano foram registrados 1.291 acidentes com este tipo de inseto, dos quais quatro evoluíram à óbito.

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que a cada dia, em média, seis paulistas são atendidos em hospitais vítimas de ataques de enxames de abelhas. 


Imagem: lhsloki.wordpress.com

De janeiro a julho deste ano foram 1.291 registros em todo o Estado, segundo dados informados pelos municípios ao Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da pasta. Houve quatro mortes.



Imagem: www.guaratuba10.com.br 

Entre as regiões com o maior número de pessoas acidentadas estão Campinas e Piracicaba, ambas com 218 notificações, seguidas de Botucatu, com 118 casos e Araraquara, com 114 notificações. 




Em 2011, o número de notificações no Estado chegou a 2.080 de janeiro a dezembro, com três mortes. 

Imagem: www.guaratuba10.com.br 



Assim como escorpiões, aranhas e serpentes, as abelhas também são consideradas animais peçonhentos, em razão do veneno contido nos ferrões. 



Mas no caso das abelhas a notificação só é compulsória em caso de vítimas de enxames.

Imagem: http://www.radio1079.fm.br
"O efeito do veneno varia de organismo para organismo. Dependendo do número de ferroadas, da quantidade de veneno injetado e da demora em busca de auxílio médico, os ataques podem levar uma pessoa a morte caso ela seja alérgica, por exemplo", afirma Joseley Casemiro Campos, técnica da zoonoses do CVE.

Segundo ela, os acidentes normalmente estão relacionados ao ambiente de trabalho, como lavouras. 

Por isso, algumas medidas de prevenção são fundamentais para evitar os ataques. 

Entre elas, recomenda-se o uso de roupas adequadas e claras, preferencialmente brancas, em caso de manipulação das colmeias, já que o uso de cores fortes pode desencadear um comportamento agressivo das abelhas.

Imagem: www.cabuloso.xpg.com.br

Além disso, é recomendável o uso de chapéus e roupas de manga em locais propícios ao aparecimento de enxames. Em caso de acidente, a dica é retirar os ferrões com pinças e procurar o serviço de saúde mais próximo. 

"Não se deve, de forma alguma, espremer o ferrão para que ele saia, porque isso pode fazer com que ele libere mais veneno", explica Joseley.

Publicado por Assessoria de Imprensa em 


http://www.saude.sp.gov.br/ses/noticias/2012/agosto/ataques-de-abelhas-levam-seis-por-dia-ao-hospital-em-sp










Abelhas são úteis, mas devemos ter precauções de contato!

Imagem: www.tecnologiaetreinamento.com.br 


Existem cerca de 20.000 espécies de abelhas. As mais conhecidas são as comumente denominadas de abelha européia ou africanizada (mistura da abelha africana com a européia); as mamangabas, abelhas grandes, com ferrão, que em geral fazem seus ninhos no solo. 




Existem também as chamadas abelhas indígenas, as quais não tem ferrão (irapuá, jataí, mandaçaia, entre outras) e normalmente enroscam no cabelo quando importunadas.

As abelhas são consideradas insetos úteis porque:


  • contribuem para a fecundação das flores, propiciando aumento da produção de frutos e grãos;
  • produzem o mel e a geléia real, importantes fontes energética e nutritiva;
  • produzem o própolis a partir de substâncias resinosas dos brotos e cascas de vegetais, o qual atua como antibiótico natural.
Imagem: goiania.olx.com.br

Na sociedade das abelhas (Apis mellifera), distinguem-se 3 tipos de indivíduos: rainhas (possuem ferrão, utilizado somente para postura), zangões (sem ferrão) e operárias (que possuem ferrão).





Alimentam-se do néctar e pólen que retiram das flores, levando-os para a colméia e armazenando-os em favos, sendo que todo trabalho da colméia (coleta de pólen, néctar e própolis, limpeza, defesa, construção de favos e alimentação das larvas) é realizado pelas operárias.

Imagem: gazeta24horas.com.br 
Em épocas de escassez de néctar, algumas vezes invadem residências, confeitarias, panificadoras e outros locais à procura de açúcar; mas são inofensivas, não aplicam ferroadas a menos que alguém as apalpe, esmague ou tente afugentá-las com movimentos bruscos. 



Nestes casos é comum avistarmos uma abelha e depois várias delas. Este fato ocorre porque quando uma abelha descobre uma fonte de alimento, avisa as outras na colméia.

Nesta situação recomenda-se retirar o alimento do local ou impedir o acesso das abelhas ao mesmo.


A presença de algumas abelhas sobrevoando o local não representa um fator de risco para as pessoas e nem indica presença de colméia próxima deste local, já que as abelhas podem percorrer uma distância média de 2 km a procura de alimento.

Ciclo de vida

Imagem: www.arteblog.net

Uma colméia de Apis mellifera contém, em média, 50 a 60 mil indivíduos, sendo a maioria composta por operárias, alguns zangões e apenas uma rainha. 

O tempo de vida varia: a rainha vive em média de 2 a 5 anos, o zangão cerca de 80 dias e as operárias de 32 a 45 dias. 

Todos estes indivíduos sofrem metamorfose completa, isto é, passam pelas seguintes fases:


Ovo => Larva => Pupa => Adulto



A rainha é a única fêmea fértil e, depois de fecundada por vários zangões, armazena os espermatozóides por toda a vida, podendo colocar até 2 mil ovos por dia na época das floradas. 

Dos ovos podem nascer operárias (fêmeas estéreis) e novas rainhas, o que vai depender do tipo de alimentação que a larva recebe. Já os zangões (machos da colméia), nascem de óvulos não fecundados.

Uma parte das abelhas de uma colméia, em determinadas condições (colméia muito populosa, por exemplo), pode abandonar sua morada à procura de novo abrigo e constituem o que se denomina de enxame viajante.


O enxame viajante é a família migrante composta, via de regra, por uma rainha-mãe acompanhada de uma boa parte das abelhas operárias e zangões. 

Os enxames em geral são mansos, porque estão com as atenções voltadas para a sobrevivência da família e a guarda da sua rainha. 


A agressividade é esporádica e ocorre em situações em que as abelhas se sentem agredidas ou em situação de risco.

Imagem: ruralcentro.uol.com.br

As abelhas quando estão enxameando levam uma reserva de mel nos papos e tem dificuldade para dobrar o abdômen e picar. De vez em quando elas pousam para descansar; é quando se amontoam em um canto formando um "cacho" em torno de sua rainha e se abrigam em locais como cobertura de garagem, árvores e outros.



Algumas operárias ficam voando à procura de abrigo definitivo que lhes ofereça proteção total, como forros de telhado, porões, muros ocos, caixotes, móveis vazios e abandonados entre outros. Quando encontram estes abrigos, migram para este local e começam a construção dos favos, dando início a uma nova colméia.

Medidas preventivas

Na realidade não se pode prever a chegada de um enxame e/ou estabelecimento de uma colméia num local. Porém, existem algumas orientações importantes a fim de evitar acidentes.

Em caso de enxame viajante ou colméia instalada: 

Agravos para a saúde 

A abelha é considerada um animal peçonhento por possuir um ferrão na região posterior do corpo que serve para inocular veneno. Sua picada pode causar reações alérgicas, cuja gravidade depende da sensibilidade do indivíduo, local e número de picadas, sendo aconselhável procurar atendimento médico em caso de acidente.





Fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/controle_de_zoonoses/animais_sinantropicos/index.php?p=4461


Quem são os animais peçonhentos e o que eles causam?


Imagem: www.reidaverdade.net



O Instituto Butantan, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, desenvolve inúmeras atividades, podendo ser destacadas dentre elas a pesquisa e também a assistência às vítimas de animais peçonhentos. A Instituição disponibiliza vários trabalhos científicos e também informações de interesse do cidadão, como esta publicação que aborda a prevenção e as medidas principais a tomar em caso de acidentes com animais peçonhentos.


ACIDENTES POR COBRAS:

Imagem: http://ltc.nutes.ufrj.br
Acidente botrópico (causado por serpentes do grupo das jararacas): dor e inchaço no local da picada, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento pelos orificios da picada; sangramentos em gengivas, pele e urina. Pode evoluir com complicações como infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal.


Imagem: cobrasbrasileiras.com.br

Imagem: http://marcelocobra.blogspot.com

Acidente laquético (causado por surucucu): quadro semelhante ao acidente botrópico, acompanhado de vômitos, diarréia e queda da pressão arterial.





Imagem: cobrasbrasileiras.com.br


Imagem: www.hospvirt.org.br
Acidente crotálico (causado por cascavel): no local sensação de formigamento, sem lesão evidente; dificuldade de manter os olhos abertos, com aspecto sonolento, visão turva ou dupla, dores musculares generalizadas e urina escura.


Imagem: brasilescola.com.br

Imagem: www.corrimundo.com.br
Acidente elapídico (causado por coral verdadeira): no local da picada não se observa alteração importante; as manifestações do envenenamento caracterizam-se por visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento.



Convém lembrar que serpentes não peçonhentas também podem causar acidentes e que nem sempre as serpentes peçonhentas conseguem inocular veneno por ocasião do acidente. 

Cerca de 40% dos pacientes atendidos no Hospital Vital Brazil são picados por serpentes consideradas não-peçonhentas ou por serpentes peçonhentas que não chegaram a causar envenenamento.


ACIDENTES POR ESCORPIÃO:

Imagem: www.biomax-mep.com.br
Os escorpiões de importância médica estão distribuídos em todo o país, causam dor no local da picada, com boa evolução na maioria dos casos, porém crianças podem apresentar manifestações graves decorrentes do envenenamento.


Imagem: www.aprenda.bio.br
Em caso de acidente, recomenda-se fazer compressas mornas e analgésicos para alívio da dor até chegar a um serviço de saúde para as medidas necessárias e avaliar a necessidade ou não de soro.

ACIDENTES POR ARANHAS:

Imagem: www.filmesoonline.com.br

São três os gêneros de aranhas de importância médica no Brasil:


Imagem: www.seresvivosdorn.blogspot.com 
Loxosceles ("aranha-marrom"): é importante causa de acidentes na região Sul. A aranha provoca acidentes quando comprimida; deste modo, é comum o acidente ocorrer enquanto o individuo está dormindo ou se vestindo, sendo o tronco, abdome, coxa e braço os locais de picada mais comuns.



Os sintomas variam e devem ser divididos em duas formas: O loxoscelismo cutâneo e o loxoscelismo visceral.*


Imagem: www.aprenda.bio.br
Loxoscelismo cutâneo: É a forma mais comum, observada em mais de 80% dos casos. A picada é indolor e muitos pacientes acham que não é nada. Depois de 6 horas aparecem inchaços e vermelhidão no local da picada. Após 24 horas, começam a aparecer lesões equimóticas, como sangue batido misturado a áreas de palidez. 


Imagem: www.aprenda.bio.br
A dor começa a ficar mais forte e, cerca de 5 dias depois, a lesão se delimita e forma uma crosta necrótica seca. Depois de duas ou três semanas, essa crosta se desprende, mas diferentemente daquela casquinha que amamos arrancar, a pele embaixo não está curada. 




Na verdade forma-se uma úlcera, que pode demorar de meses a anos para cicatrizar completamente. A perda de tecido pode variar de lesão superficial a feridas profundas com muita perda de tecido.

Além da ferida, febre, náuseas, vômitos e mal estar podem estar presentes, geralmente nos 3 primeiros dias após a picada.

Loxoscelismo Cutaneo-Visceral: É a forma mais grave. Pacientes com essa forma normalmente apresentam hemoglobinúria (sangue na urina) e anemia aguda, causada pela hemólise, que é a destruição dos glóbulos vermelhos do sangue. Não existe qualquer relação do tamanho da ferida, com a gravidade da forma cutâneo-visceral. O paciente pode apresentar Insuficiência renal aguda. A letalidade do loxoscelismo gira em torno de 0,1% a 1,5%. * fonte: www.aprenda.bio.br


Imagem: jpbigblog.blogspot.com

Phoneutria ("armadeira", "aranha-da-banana", "aranha-macaca"): a maioria dos acidentes é registrada na região Sudeste, principalmente nos meses de abril e maio. É bastante comum o acidente ocorrer no momento em que o indivíduo vai calçar o sapato ou a bota.



Latrodectus ("viúva-negra"): encontradas predominantemente no litoral nordestino, causam acidentes leves e moderados com dor local acompanhada de contrações musculares, agitação e sudorese.



As aranhas caranguejeiras e as tarântulas, apesar de muito comuns, não causam envenenamento. As que fazem teia áreas geométricas, muitas encontradas dentro das casas, também não oferecem perigo.

ACIDENTES COM LAGARTAS OU TATURANAS:


As taturanas ou lagartas que podem causar acidentes são formas larvais de mariposas que possuem cerdas pontiagudas contendo as glândulas do veneno. É comum o acidente ocorrer quando a pessoa encosta a mão nas árvores onde habitam as lagartas.


O acidente é relativamente benigno na grande maioria dos casos. O contato leva a dor em queimação local, com inchaço e vermelhidão discretos. Somente o gênero Lonomia pode causar envenenamento com hemorragias à distância e complicações como insuficiência renal.


Soros

Os soros antipeçonhentos são produzidos no Brasil pelo Instituto Butantan (São Paulo), Fundação Ezequiel Dias (Minas Gerais) e Instituto Vital Brazil (Rio de Janeiro)

Toda a produção é comprada pelo Ministério da Saúde que distribui para todo o país, por meio das Secretarias de Estado de Saúde. Assim, o soro está disponível em serviços de saúde e é oferecido gratuitamente aos acidentados



Fonte: http://www.butantan.gov.br/home/acidente_por_animais_peconhentos.php

Acidentes com animais peçonhentos o que fazer?

                                                               


Hospital Vital Brazil.

Especializado no tratamento de acidentes por animais peçonhentos.





Assistência médica gratuita/orientação telefônica 24 horas por dia:

Av. Vital Brasil, 1500 - Butantã : CEP - 05503-900 - São Paulo - SP 

FoneFones: (11) 2627-9529 e (11) 2627-9528
Fax Fax: (11) 3726-7962



PRIMEIROS SOCORROS:



Hidrate a vítima com gloes de água
    ▲ Lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão.


Eleve o local afetado







▲ Eleve o local afetado
▲ Levar a vítima imediatamente ao  serviço de saúde mais próximo.
▲ Hidrate a vítima com goles de água.




Não corte ou fure o local da picada
▲ Não corte ou fure o local da picada



Não faça torniquete







        ▲ Não faça torniquete


 

Fonte: http://www.butantan.gov.br/home/acidente_por_animais_peconhentos.php



Instituto Butantan alerta para risco de picadas de animais peçonhentos

Picadas aumentam em 30% no período de dezembro a março.

Butantan: Até março, é preciso aumentar o cuidado contra as picadas de animais peçonhentos.
  
Nesta época de calor e chuva, o cuidado com animais peçonhentos como escorpiões, aranhas e cobras deve redobrar. 

Segundo levantamento do Instituto Butantan de São Paulo, especializado na produção de vacinas, as picadas aumentam em 30% no período de dezembro a março.

A cobra jararaca e os escorpiões são os que oferecem riscos. Para evitar ataques, o Butantan recomenda que os quintais sejam mantidos limpos, sem entulho e lixo e as soleiras das portas de entrada permaneçam protegidas com um friso de borracha ou saquinhos de areia.

Outra dica é manter ralos de chão sempre protegidos. O lixo deve ser preservado em saco plástico, sempre fechado, para evitar o aparecimento de baratas e moscas, que são os alimentos preferidos dos escorpiões. 

Em caso de acidentes, busque auxílio em um dos hospitais especializados no tratamento de animais peçonhentos

Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=225715&c=6

domingo, 22 de setembro de 2013

Pragas Urbanas



Desde a formação das cidades há a convivência do homem com animais domésticos ou não domesticados, sendo que o primeiro depende dos cuidados do homem e os outros apresentam vida livre no ecossistema urbano. Esses animais podem trazer incômodo, danos à nossa saúde, ou ainda, prejuízos econômicos.

As doenças transmitidas por animais domésticos podem ser facilmente prevenidas quando seu proprietário mantém boas condições de higiene do local e do animal, com a carteira de vacinação atualizada e consulta periódica ao veterinário.

Os animais que não são domesticados e vivem próximos ao homem, independente de sua vontade, são chamados de animais sinantrópicos.

Estas espécies se beneficiam dessa interação, de maneira a favorecer extremamente seu desenvolvimento, constituindo em pragas urbanas. Estes animais diferem conforme sua participação na cadeia de transmissão de agentes etiológicos, como: vetores mecânicos ou vetores biológicos.

Os vetores mecânicos participam do ciclo de transmissão transportando o patógeno de um meio contaminado para alimentos, objetos ou diretamente aos indivíduos através do contato com mucosas. 

Enquanto os vetores biológicos o patógeno se desenvolve no organismo do vetor e é transmitido quando da picada ou da liberação de secreções pelo animal.

Além da importância dos animais sinantrópicos no processo saúde-doença de algumas enfermidades pode apresentar elevado nível de incomodo ou propiciar danos econômicos.

O principal método de controle consiste na adoção de medidas preventivas que visem instalação de barreiras físicas de acesso, eliminação de abrigos, armazenamento adequado de alimentos e higienização de ambientes, conforme descrito na Portaria CVS 9, 16/11/2000 (Norma Técnica para empresas prestadoras de serviço em controle de vetores). 

Quando a espécie praga encontra-se estabelecida no local há a necessidade da eliminação da infestação existente, através da associação das medidas de controle preventivo com a aplicação de praguicida específico para cada população-alvo que se deseja controlar. 

Em relação aos animais peçonhentos, aqueles que apresentam uma organela capaz de liberar substância tóxica ao homem, não são considerados sinantrópicos ou mesmo uma praga, pois sua interação com o homem acontece acidentalmente, quando um indivíduo adentra seu habitat natural (jardins ou áreas de mata).

Pragas Urbanas.
Fonte:http://www.saude.sp.gov.br/sucen-superintendencia-de-controle-de-endemias/programas/animais-incomodos-e-peconhentos/informacoes-gerais

Outras Pragas Urbanas:

Baratas, Formigas










Carrapatos


Os únicos vetores conhecidos da Febre Maculosa Brasileira são os carrapatos do gênero Amblyomma, principalmente as espécies A. cajennense e A. aureolatum. Para ambas as espécies de carrapatos, a perpetuação da bactéria R. rickettsii é feita por transmissão transovariana e perpetuação transestagial, sendo que o carrapato é o único reservatório conhecido da bactéria na natureza. 



Os hospedeiros vertebrados dos carrapatos desempenham o importante papel de amplificadores horizontais da bactéria na população de carrapatos.

Uma vez que um carrapato infectado se alimenta em um animal suscetível, este desenvolve riquetsemia sistêmica e se torna fonte de infecção para os carrapatos livres da bactéria, que se alimentem neste animal durante este período.

Vizinhança Indesejável
O período de riquetsemia para os animais que participam como hospedeiros para os vetores da Febre Maculosa Brasileira é controverso. Poucos estudos foram realizados até agora e indicam que animais como capivaras e gambás podem desenvolver períodos riquetsêmicos pouco mais longos do que 10 dias.

Não existe uma fase contagiosa da doença. O carrapato é o único vetor conhecido e, quando infectado, alberga a bactéria durante toda sua vida.

Fêmea desovando 5.000 ovos.

O A. cajennense completa uma geração por ano, mostrando os três estágios parasitários marcadamente distribuídos ao longo deste período. As larvas ocorrem basicamente entre os meses de março e julho, as ninfas entre julhonovembro e os adultos entre novembro e março


Eles podem ser encontrados, em todas as fases, em aves domésticas (galinhas, perus), aves
silvestres (seriemas), mamíferos (cavalo, boi, carneiro, cabra, cão, porco, veado, capivara, cachorro do mato, coelho, cotia, quati, tatu, tamanduá) e animais de sangue frio (ofídios).                                                                                                                                                                                                                                                 

Profilaxia:

Medidas Preventivas Individuais


É sabido que, uma vez fixado ao hospedeiro, um carrapato infectado leva o mínimo de seis horas para transmitir a riquétsia. Sendo assim, quanto mais rápido uma pessoa retirar os carrapatos de seu corpo, menor será o risco de contrair a doença. 

Quando uma pessoa é atacada por poucos carrapatos, torna-se relativamente mais fácil e prático retirar todos estes carrapatos num curto espaço de tempo.


Por outro lado, quando uma pessoa é atacada por uma alta carga de carrapatos, dificilmente ela consegue retirar todos nas primeiras horas, passando alguns despercebidos por várias horas, ou até mesmo alguns dias. 


Diante de tais fatos, é obvio dizer que, quanto maior a população de carrapatos em uma área endêmica para Febre Maculosa, maior é o risco de se contrair a doença
Como não existem vacinas para serem utilizadas em humanos, como medidas profiláticas da Febre Maculosa, a medida preventiva mais eficaz é o controle das populações de carrapatos a níveis mínimos, reduzindo substancialmente os riscos de infestação humana.

Sintomas:

O período de incubação em humanos pode ser de 2 a 14 dias. A letalidade da doença, quando não tratada, é maior do que 80%. O cão quando infectado desenvolve uma forma branda da doença, que geralmente evolui para cura. O cavalo parece ser refratário, embora não haja estudos que mostrem este aspecto.


A doença tem um começo súbito, com febre de moderada a alta, que dura geralmente de 2 a 3 semanas e é acompanhada de cefaléia, calafrios e congestão das conjuntivas. Ao terceiro ou quarto dia, pode apresentar exantema maculopapular róseo, nas extremidades, em torno do punho e tornozelo, de onde irradia para o tronco, face, pescoço, palmas e solas

São freqüentes petéquias e hemorragias. 

Sufusões hemorrágicas em paciente com
Maculosa Brasileira atendido no Hospital das Clínicas da
Universidade Estadual de Campinas.


A doença pode também cursar assintomática ou com sintomas frustros. Alguns casos evoluem gravemente, ocorrendo necrose nas áreas de sufusões hemorrágicas, em decorrência de vasculite generalizada. 

Alguns problemas como torpor, agitação psicomotora e sinais meníngeos são freqüentes. A face é congesta e infiltrada, com edema peripalpebral e infecção conjuntival. 


Necrose cutânea e gangrena de extremidade em
paciente com febre maculosa brasileira atendido no
Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas


O edema aparece também nas pernas, que se apresentam brilhantes. Outros sinto mas comuns são: tosse, hipotensão arterial e hipercitose liquórica e observa-se hepatoesplenomegalia pouco acentuada. A morte é pouco comum, quando se aplica o tratamento precocemente.


Edema pulmonar em paciente com febre
maculosa rasileira atendido no Hospital das Clínicas da
Universidade Estadual de Campinas.

Nos casos graves da doença há insuficiência renal aguda decorrente de necrose tubular aguda, com presença de oligúria e significativa elevação dos níveis de uréia e creatinina séricas. Icterícia e alterações de sistema nervoso central também pode estar presente e mantêm grande correlação com progressão para óbito.                   

A avaliação de uma série de casos atendidos em hospital de referência da região de Campinas verificou que icterícia, alterações neurológicas (diminuição do nível de consciência, convulsões, coma), insuficiência respiratória, alterações hemodinâmicas e insuficiência renal apresentaram associação estatisticamente significativa com o risco de evolução para óbito. 

No mesmo estudo, observou-se que a progressão para óbito ocorre com maior frequência em torno do sétimo dia após o início dos sintomas.

Diversos municípios do Estado de São Paulo já relataram a presença de Amblyomma cajennense e Amblyomma dubitatum, conforme o mapa.                                                                                                                            Distribuição dos municípios com investigação acarológica positiva para Amblyomma cajennense/Amblyomma dubitatum. Estado de São Paulo no período de 2003 a 2010.


Ao adentrar em áreas com vegetação e presença de animais, seguir as orientações abaixo:


    a) Usar macacão ou calça e camisa de mangas longas, de cor clara, com a parte inferior dentro das meias para facilitar a visualização de carrapatos. 

Pode ser utilizada fita adesiva prendendo a meia à calça ou ao macacão e com a parte colante para fora, para aderência e visualização de carrapatos.

Após a utilização, todas as peças de roupas devem ser colocadas em água fervente para a retirada dos carrapatos.



    b) Evitar caminhar, sentar ou deitar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos.

    c) Vistoriar o corpo minuciosamente, a cada 2 ou 3 horas. Prestar atenção na forma jovem do carrapato (micuim), que apresenta tamanho bastante reduzido e por isso, de difícil visualização.

    d) Tomar banho quente utilizando bucha vegetal.

    e) No caso de encontrar carrapato fixado à pele, observar:

    • Não espremê-lo com as unhas, para não se contaminar;
    • Não encostar objetos aquecidos (fósforo, cigarro) ou agulhas;
    • Retirá-lo com calma, através de leves torções, com auxílio de uma pinça.





A Organização Mundial de Saúde (1997) refere que repelentes para carrapatos não são comumente aplicados sobre a pele e sugere para prevenir ataques de carrapatos e, para proteção mais duradoura, a impregnação de roupas com PERMETHRIN a 0,65-1g de ingrediente ativo/m2 como o melhor produto, mas DEET e BUTOPYRONOXYL como sendo também efetivos. No Brasil, não se tem conhecimento sobre a eficácia da utilização de repelentes para carrapatos.




Fonte: http://www.saude.sp.gov.br/sucen-superintendencia-de-controle-de-endemias/programas/febre-maculosa/vetores